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PLURAL: os textos de Suelen Aires Gonçalves e Silvana Maldaner

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  • Pela autonomia universitária, já!

    Suelen Aires Gonçalves
    Socióloga e professora universitária

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    Infelizmente, começo a coluna de hoje com uma informação que não é nenhuma surpresa vindo de um governo autoritário. Critérios políticos em detrimento de uma eleição para a escolha do novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) acaba de ser concretizado. Nossas Universidades Públicas têm garantida constitucional, respeitada pelos governos anteriores, onde a autonomia de suas decisões, como exemplo, eleições , a construção do tripé do ensino, pesquisa e extensão são coordenados pelas instituições. Sobre tais questões dá-se o nome de " Autonomia Universitária". E sobre esse tema, sem querer ser fatalista nossa universidade, a UFSM, poderá ter a possibilidades de receber o mesmo tratamento apresentado neste texto, ou seja, corremos o correr o risco de uma possível intervenção como acabamos de receber na UFRGS.

    O candidato derrotado na eleição, que ficou em terceiro lugar nas eleições e na lista tríplice, Carlos Bulhões foi apresentado pelo deputado Bibo Nunes (PSL) em uma audiência no Ministério da Educação nas últimas semanas como o futuro reitor da universidade. O resultado das eleiçãoes confirmou o atual reitor, Rui Oppermann, e sua vice, Jane Tutikian, como os mais votados no Conselho Universitário, seguido da chapa de Karla Müller e Claudia Wassermann e por fim, a chapa de Bulhões e Patricia Pranke.E desde então, as reflexões sobre a autonomia universitária e a intervenção de um governo autoritário pairam no ar até o as primeiras horas da manhã de quarta-feira(16).A intervenção pairava no ar até as últimas horas e se confirma com a nomeação de Carlos Bulhões, terceiro colocado nas eleição para o cargo de reitor.

    NÃO À INTERNAÇÃO NAS UNIVERSIDADES

    Porém , toda ação, tem uma reação. Nas últimas horas, começou um processo de resistência na comunidade acadêmica e de denúncia sobre processo antidemocrático. Foi protocolado pela deputada Maria do Rosário (PT/RS) na Câmara dos Deputados um projeto de decreto legislativo. No projeto apresentado, argumenta-se que, de acordo com o artigo 207 da Constituição, "as universidades têm autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial". A proposta do Projeto de Decreto Legislativo é o único instrumento capaz de revogar uma decisão presidencial e caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, colocar na pauta ou não.

    Como cidadã e membra da comunidades acadêmicas -da UFSM na graduação e da UFRGS na pós-graduação apresento que precisamos ter respeito com a educação e com a produção científica. Para tal construção, a defesa intransigente da autonomia universitária garantindo o direito de voto e de escolha dos quadros e projetos precisam ser respeitadas. A possibilidade de intervenção é a síntese de um projeto que apresenta-se como anticientífico e antidemocrático que necessita ser enfrentado pelos setores comprometidos com a democracia em nosso país.

    Nos colocamos em defesa da soberania nacional, em defesa da produção científica , da produção de tecnológica e de conhecimento comprometida como povo brasileiro e suas demandas históricas .Em síntese, a defesa da autonomia universitária é a defesa do Ensino Público e da Nação brasileira.

    Lobos e cordeiros
     

    Silvana Maldaner
    Editora de revista

    style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">S egundo especialistas, de 1 a 3% da população apresenta características de psicopatia. Isso significa que 1 em cada 30 pessoas podem ser diagnosticadas com o transtorno, tendo, no total, 6 milhões de psicopatas no Brasil.

    Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a psicopatia tem as seguintes características: falta de empatia, impulsividade, egocentrismo e megalomania, mentiras constantes, não tem medo de se arriscar, são antissociais e não sentem remorso ou culpa.

    O diagnóstico é feito por psiquiatras forenses nos níveis mais exagerados da crueldade humana, como nos casos de assassinos confessos, torturadores, estupradores e pedófilos. Eles não sentem culpa e criam justificativas e razões para continuar cometendo os mesmos delitos e sofrimentos às pessoas em sua volta. A culpa sempre será da vítima.

    Para a psiquiatria Ana Beatriz Barbosa Silva, referencia nacional nos transtornos mentais, o psicopata não é um doente, é uma pessoa que nasce com o cérebro desconectado do sistema límbico, responsável pelas emoções, sentimentos e empatia. Não tem cura! E os dados são assustadores, mais de 42,5% dos criminosos são reincidentes no Brasil, no Estado do Espírito Santo os índices sobem a 75%, segundo levantamento do Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça.

    TENHO MEDO DE MENTIROSOS

    E quando o psicopata tem poder? Entra na política, em entidades, sindicatos, associações ou em cargos públicos ? Qual o estrago que faz? Pois em busca do poder e da alimentação de seu ego, destrói em sua volta qualquer outra liderança, pelo simples fato de não permitir que outros cresçam. Desmerecem opiniões e trabalhos alheios pelo simples fato de não estar assinando junto.

    O psicopata sempre buscará uma razão em suas ações de benefício próprio. O seu papel é o centro de tudo e somente isso importa. Conseguem dissimular, manipular, inverter, desagregar e ainda se tiver boa retórica terá uma legião de defensores.

    Conheço muitas pessoas ardilosas que mentem descaradamente, invertendo situações e posando de boas pessoas. Tenho muito medo de pessoas mentirosas. Muitas acreditam em suas próprias versões. Algumas se fazem de vítimas ou de engraçadas. Podem utilizar sofrimentos pessoais para promover empatia, mas nos bastidores disseminam discórdias e intrigas em comentários maldosos e fofocas destrutivas.

    QUE DEUS NOS LIVRE DAS FALÁCIAS

    Conheço muitos líderes psicopatas, que destroem não apenas uma vida, e sim comunidades inteiras. Isto aconteceu no passado e continua acontecendo. Conseguem manipular as pessoas de tal forma que mandar prender, destruir, humilhar publicamente é amparado e justificado pela lei criada por eles próprios.

    Um psicopata não precisa ser um assassino. Ele vai atrás daquilo que lhe dá prazer. Pode ser dinheiro, status, poder. É por isso que além das cadeias, existem muitos lugares férteis, como as empresas, a mídia e a política. Que Deus nos livre das falácias dos mentirosos que aparecem em forma de cordeiros!


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